Entre os degraus da solidão

 

Brilham épicos gomos de luz
Despem a solidão desfolhada
Em pétalas de amor e ilusão

Saúdam a caprichosa manhã
Seduzida pelos embriagantes
Perfumes massivos…quase alucinantes

Teçe a saudade horas de melancolia
Resignada e tão alienante que nem mais refuto ao
Coração esta memória que acontece tão aglutinante

Pastando na lezíria do tempo deixo um andarilho
Pensamento pernoitar lá no sótão dos prazeres
Hidratantes, quase litúrgicos…quase litigantes

Sem mais temer a noite cada sombra desnuda-se ante
Os olhares sorrateiros da lua voyeur vasculhando todos
Os esconderijos de uma emoção tão bisbilhoteira tão tailleur

Puída e triste a noite derrama suas lágrimas e lamentos
Mais brejeiros embebedando todas as alquimias de uma
Paixão abarrotada de gemidos lisonjeiros

E agora assim desguarnecida a solidão nunca cicatrizada
Sustenta o pavio dos silêncios pungidos e suplicantes
Súmula deste verso derradeiro, foragido,insinuante 

Frederico de Castro

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Frederico de Castro

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Comentários

  • Como sempre Poeta Frederico uma obra-prima. Sou seu fã, suas poesias encantam. Um grande abraço.

  • A infinidade das palavras traduze genialidademe teus belos poema, verdadeira maravilha

  • Magistral fenomenal aplausos

    • Obrigado pela visita Meire

      Votos de dia feliz

      FC

  • O zelo, a sensibilidade, o bom gosto estão presentes, e vão se revigorando em cada tema.

    • Grato poeta pelas suas sempre cordiais palavras

      Bem hajas

      FC

  • This reply was deleted.
    • Obrigado Margarida pela visita e comentário carinhoso

      Abraço poético

      FC

  • This reply was deleted.
  • Fantástico, Frederico!  Texto maravilhoso  acompanhado com uma bela música. 

    • Obrigado Jilmar pelo comentário tão gentil

      Votos de dia feliz amigo

      FC

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