Caminhavam lado a lado, de mãos dadas, como sempre fizeram ao longo de tantos anos. O sol, já se despedindo no horizonte, tingia o céu com tons suaves de laranja e lilás, refletindo sua luz nas ondas tranquilas do mar que vinham e iam aos seus pés descalços. Não precisavam de palavras; a troca de olhares e o toque firme entre as mãos já dizia tudo. Era o amor que resistiu ao tempo, às tempestades e às calmarias da vida.
Cada ruga no rosto era uma história compartilhada, uma lembrança de momentos de alegria e também de desafios. Era como se, naquele instante, o tempo parasse para que pudessem recordar tudo o que viveram juntos, desde os primeiros olhares até o amadurecimento tranquilo que agora viviam.
Ela olhou para ele com aquele brilho nos olhos, o mesmo que o conquistou há tantos anos, e sorriu com um carinho que palavras não poderiam descrever. Ele apertou sua mão, como quem diz: "Estou aqui e sempre estarei".
Ali, na beira do mar, com o vento suave e o pôr do sol como testemunhas, celebravam o amor que sobreviveu a tudo, renovado a cada passo na areia, a cada pôr do sol, a cada olhar cúmplice.
Helena Bernardes
nov 2024
Comentários
Vovó Helena, bom dia!
Mais um conto, que vale muitos contos de réis!
Simplesmente, linnnndo.
Cada palavras,
cada parágrafos escrito carrega a essência de tua alma,
uma melodia única e profunda.
Eu tenho certeza que,
mesmo que tenhas bebido da fonte dos clássicos,
dos mitos, dos romances antigos,
tu consegues transformar cada gota em um elixir novo,
uma porção mágica que embriaga e encanta.
Minhas reverências!
Parabéns! 👏👏👏👏👏.
E um carinhoso abraço.
#JoaoCarreiraPoeta.
Tão lindo...Deus a abençoe
LIndo conto. Leitura que agracia a alma.
Ah! Bravíssimo! Tua crônica é um retrato do fnal de vida que sempre se espera. Nem sempre é assim, mas teu texto, em tudo mostrado na imagem escolhida, aconte muito. Paz e Luz!