Eu, Ave!
Sou passarinho arisco de asa quebrada,
fujo do gato e de gente malvada.
Vôo baixinho e ando pulando.
Minhas penas são duras, mas vou aguentando,
até não sei quando!
No outono me abrigo entre as folhas caídas,
no verão bico as frutas do chão,
na primavera entre as cores das flores esqueço da vida!
No inverno gelado não tenho saída.
Serei só um monte de penas e asas feridas!
Dolores Fender
17/12/2024
Comentários
Passarinho que encanta e inspira, isso sim é sua arte em tela. Saudações, Dolores
Caríssima amiga
Um belo poema!
Parabéns
Abraços
Bridon
Maria
As palavras decorreram em tal magnitude
Que as estações do ano passaram e a ave continuou sua jornada
Muito maravilhoso
Um abraço
Ave, Ave! Dolores! Que legal foi ler este poema! As rimas, distribuídas assim, de verso em verso, ora em rimas emparelhadas, ora não, são de enorme sonoridade. A poetisa cantou como uma ave rara! 1 ab
Sou a ave que você invoca em seus comentários tão carinhosos Nelson, e até consigo voar sobre seus poemas que são frutos saborosos!
Boa tarde professora Dolores!
Passarinhando por cá,
fico de bico caído diante de tais versos!
Entretanto,
uma pena foi o monte de penas caídas
e as asas feridas.
E o Ave?
Me lembrou Nersão!
Parabéns! E um carinhoso abraço.
#JoaoCarreiraPoeta.
Ah, professor João Carreira, quem me dera ser professora! Você é que me ensina!
Obrigada pela carinhosa visita! Volte sempre!