INFINDÁVEL

Minha caravela singra solta em seu mar.

Velas içadas fartam-se aos doces ventos

Passeiam destemidas em suas profundezas

Sentindo livre o suave sabor de navegar.

 

Quando cruéis noites de inverno castigam

Necessito corrigir o rumo, tornar preciso

O equilíbrio exato entre as ondas e o cais

Ou ante as calmarias que a tudo desligam.

 

Sigo assim solitário em ti recitando a loucura

Entre não retroceder ou arriscar a deriva

Parecendo infindável e eterna a procura.

 

Marujo, a um só tempo capitão e timoneiro

Sou eu o leme, a ancora, o casco e a estiva

Dessa indelével nau da qual sou passageiro.

 

PSRosseto

Enviar-me um e-mail quando as pessoas deixarem os seus comentários –

Paulo Sérgio Rosseto

Para adicionar comentários, você deve ser membro de Casa dos Poetas e da Poesia.

Join Casa dos Poetas e da Poesia

Comentários

  • Uauuu! Que maravilha! Quando estou lendo sinto a poesia lírica invadir-me.

    Lindo, lindo poema.

    Parabéns!

  • 132486201?profile=RESIZE_710x

This reply was deleted.
CPP