Amar é despedir-se aos poucos,
Perceber nos detalhes da imperfeição,
Os laços sublimes invisíveis do querer,
Posto que o amor escuta o coração,
Sussurrando eternidades no tempo,
Diligência de dois seres em evolução.
É aprender com as diferenças,
Renascer das cinzas a cada morte,
Trazendo a vida no perdão verdadeiro,
Amando a beleza das coisas simples,
Acariciando o finito saber de existir,
Entre a essência e o destino confesso.
É abraçar-se ao infinito,
Perceber o tesouro do desejo no olhar,
Mesmo no entardecer da juventude,
Primícias da senilidade no corpo cansado,
reminiscência da chama luzidia do amor,
Como se houvesse acabado de se apaixonar.
É loucura sob as razões de si,
Desabrochando todos os dias entre as estações,
A cada amanhecer e pôr do sol,
Degustando cada momento de felicidade,
No imenso vitral da vida gotejante,
Regando a flor da memória cortejando a saudade.
Amar é amar e amar,
Um mar de compilações de histórias,
Benemérito dos ancestrais em suas lutas,
A certeza de que amar vale a pena,
Ilustrando as emoções em cada cena,
livro que se fecha e se aventa.
sirlânio Jorge Dias Gomes
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