Haverá dias cansados,
Que até o amor será tedioso,
Qualquer palavra poderá ofender,
Momentos que a tua humanidade,
Pensará em desistir da vida,
Tudo por um mal entendido.
Haverá beijos sem graça,
comida sem sabor,
Trabalho sem valor,
Tantas coisas questionáveis,
Que muitos valores ficariam confusos,
Aos olhos ofuscados pela falta de silêncio.
Eis a alma necessitada de um tempo,
O corpo implorando uma pausa,
Para a continuidade segura do caminho,
No intuito do eu reconhercer-se,
Na beleza que o cerca,
Na força da existência então sufocada.
Haverá sinais em tua face,
Gritos interiores expansivos,
Balançando a bandeira branca,
Pedido trégua entre os combates,
Tudo pela paz de espírito,
Apelação do ser pela felicidade.
Sirlânio Jorge Dias Gomes
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Comentários
É preciso ouvir-se em meio ao caos para por fim ao caos ou, ao menos, para abrir tréguas em uma explosão e outra.
Poema reflexivo e muito bonito.
Aplausos!
Verdade, amigo. O silêncio e a quietude fazem-se necessários para o equilíbrio de todo o ser. Brilhante! Aplausos!