JANELAS ABERTAS
A primeira vez em que foram abertas as janelas,...
Em que o primeiro raio do sol visitou meu quarto
e enfebresceu meu corpo
Transpirei gotículas de sonhos,
Inspirei odores da vida lá fora
Senti que poderia subir no parapeito
Estender minhas asas
E voar...
Em que o primeiro raio do sol visitou meu quarto
e enfebresceu meu corpo
Transpirei gotículas de sonhos,
Inspirei odores da vida lá fora
Senti que poderia subir no parapeito
Estender minhas asas
E voar...
A segunda vez em que foram abertas...
Quando o hálito morno da tarde se emaranhou em meus cabelos
e assoviou em meus ouvidos antigas canções
Pensei que poderia ulular de uma quimera a outra
E revisitar a Inocência ainda menina...
A terceira vez...
Quando o esguio olhar da Lua refletido no espelho
desceu do pescoço ao colo
E as lascivas mãos das estrelas lésbicas
penetraram minha camisola
Acordei sentindo frias volúpias de sensações jamais sentidas
Guardei no criado mudo minhas aniquiladas asas
Fechei as janelas
E dormi...
Irene Cristina dos Santos Costa - Nina Costa, in 10/12/2010.
Mimoso do Sul, Espírito Santo, Brasil.
Comentários
Acordou sabendo que não precisa de asas para voar... Magnífico, Nina!
Demorou um pouco para chegar nessa fase... Mas chegou.
A descoberta de que não precisava de asas para voar veio depois de muitas vezes abertas as janelas, de muitas tentativas e erros...
Obrigada Marso, pela presença, pelo agradável e carinhoso comentário e também pela arte de formatação, que enriquece meu texto!
Beijos!
Nina
Magnifico trabalho cara Nina...uma ode ao amor e à poesia
deixando as janelas abertas para que entrem estas palavras doces e apaixonadas
Abraço fraterno
FC
Obrigada, Fred!
Sua presença e comentário enriquecem meu texto!
Beijos!
Nina
Nina,o que dizer?
Estou em estado de choque,tão bela sua poesia!
Aplausos amada menina
Bjsssssssssss
Obrigada, Ciducha!
Com o tempo, eu descobri que não precisava de minhas aniquiladas asas para sair do quarto e viver a vida lá fora...
O tempo é um bom professor...
Beijos!
Nina