Sei do amor
Que parte a fala ao meio;
Da longitudinal distância exangue
Que se esvai severa
E deixa o dorso quedo;
Frívolo estupor que mingua a veia
Como se pudesse viver
Desprovido sequer de um ai
Pelo fio e frio apelo
Da misericórdia que torna pio
A incessante insensatez
Insegura e injusta dor
De galgar atroz
O que põe doido
Resvala a arte
Em sua lancinante
Inoportuna sorte
Como se também soubesse ela
O dia infinito
Que parto eu
Junto a minha morte
PSRosseto
Comentários
Espetacular! É pra ler, reler e absorver. Meus aplausos!
Que maravilha de poema!
Sinceros aplusos ao momento único de composição.
Destacado poema.