LANCINANTE

Sei do amor
Que parte a fala ao meio;
Da longitudinal distância exangue
Que se esvai severa
E deixa o dorso quedo;
Frívolo estupor que mingua a veia
Como se pudesse viver
Desprovido sequer de um ai
Pelo fio e frio apelo
Da misericórdia que torna pio
A incessante insensatez
Insegura e injusta dor
De galgar atroz
O que põe doido

Resvala a arte
Em sua lancinante
Inoportuna sorte
Como se também soubesse ela
O dia infinito
Que parto eu
Junto a minha morte

PSRosseto

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Paulo Sérgio Rosseto

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Comentários

  • Espetacular! É pra ler, reler e absorver. Meus aplausos!

  • Que maravilha de poema!

    Sinceros aplusos ao momento único de composição.

    Destacado poema.

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