Mágica geada

Mágica geada

Vai alta a noite desinibida
Ouve-se silêncio, louvor...
Na luz pálida da lua escondida
Revejo-me a mim mesmo, amor...

E no ar que arrefece as baladas
Toda a sua fria melodia faz cair
No céu e nas roupas já bem dobradas
A gentileza faz sair ...

Estou só em silêncio ocupado,
A ouvir a geada nua a cair...
Nem durmo, fico mais um bocado
A ouvir essa chuva a dormir...

E com as estrelas a brilhar
Farto de saber meu coração!
Amanhã vai lhes perguntar
Se é amor ou é compaixão...

Destas legiveis e ignotas horas
Que estas noites preenchem de nadas
Pois esta noite se não me namoras
Vou intrepretar a geada.

E se me não ouvir a pensar
Nao existirei para mim,
E em segredo deixarei de sonhar
O Infinito, o real, o mundo assim...

Bruno Alves

Enviar-me um e-mail quando as pessoas deixarem os seus comentários –

Bruno Alves

Para adicionar comentários, você deve ser membro de Casa dos Poetas e da Poesia.

Join Casa dos Poetas e da Poesia

Comentários

This reply was deleted.
CPP