MALA SEM ALÇA
Miguel Carqueija
Sou uma mala sem alça
mas eu quero pra valer:
passar a vida descalça
e amar a mais não poder.
Eu sou cheia de ternura,
busco um amor de verdade;
respeita a minha postura,
não vem a mim com maldade.
Eu adoro a natureza,
cada animal e criança;
procuro sempre a beleza,
vivo plena de esperança.
Mas se algum dia traída
eu vier muito a sofrer,
da flor surge a agulha escondida
e aí é que ele vai ver.
Porque eu sou tão boazinha
se meus calos não pisar;
não subestime a mocinha,
não vá com fogo brincar.
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Comentários
Bonita inspiração, Miguel. Teu poema em trovas ficou divertido.
Parabéns!
Bela Composição. Parabéns!
Teu poema é o retrato da adolescência. Lindo!