MALTRAPILHO

“MALTRAPILHO” 

 

Maltrapilho vivia

Nas ruelas da vida

Que tantas vezes fugia

Para ali não mais ficar.

 

Nos dias que se seguiam

Tentava fugir dali

Trazendo em seu pequeno mundo

Tudo o que a vida lhe pedia.

 

Era um forasteiro

Nos caminhos sem meios e fins

Trafegando amargamente

Nos seus pedintes porvir.

 

Navegava agora infeliz

Na vida que consumia;

Nos poucos dias

Que a ele se apegavam.

 

Atraído por algo desconhecido

Viu ali sua esperança

De seu grande desejo

Que superava seu caminhar.

 

Nada era

Nada sentia

Pois a vida que vivia

Era algo tão senil

Como seu sentimento infeliz.

 

JC BRIDON

05/04/2023 -   9,18 hs

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Comentários

  • Gestores

    Eu li um romance sobre os sem tetos. Eram quatro. A história pela qual chegaram àquela condição era uma diferente da outra.

    Porém, o sofrimento era igual para todos.

    O teu poema me remeteu a essa lembrança.

    Parabéns!

  • Apreciei muito. Inspirador.

  • Um enredo trsite e solitario que toca  alma do leitor na leitura aqui disponível. Felicitações pela inspiração

  •  

    Quanta inspiração amigo Bridon! Abraços!

  • Oi!

    Bridon um belo texto

    onde narras

    a vida de um (porque não) andarilho.

    Parabéns meu velho guerreiro.

    Um forte abraço.

    #JoãoCarreiraPoeta.

  • Maltrailho; Interessante seu texto amigo, nele você narra um outro lado do dia de um ser humano, um que espera o que não pode e nem sabe se poderá ter, alguém que busca o que lhe convem, porém, ele recebe apenas o que é coveniente aos outros lhe ofertar.

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