METAMORFOSE

METAMORFOSE

 

Eu lembro muito bem

Era ainda um fedelho

Não tinha pra ninguém

Diante de qualquer espelho

 

O tempo passando

No rosto o primeiro pelo

Espinhas se espalhando

Eu me cuidando com muito zelo

 

O corpo se moldando

Hormônios à flor da epiderme

O mundo se revelando

Uma vida ainda em germe

 

Sem percebemos já somos adultos

Nossos aniversários são somados

Avançamos sobre tudo, absolutos

O tempo cada vez mais consumado

 

De repente o primeiro amor

Descobertas em profusão

Um misto de felicidade e dor

Entre o sentimento e a razão

 

Prazeres são apresentados

Os desfrutamos com arrojo

Eles nos deixam embriagados

Nos viciam a cada gozo

 

As coisas ficando sérias

Por vezes certos encontros

Vida circulando nas artérias

Vezes outras, desencontros

 

Sem saber, atingimos o ápice

A vida tem os seus encantos

O bebemos como vinho no cálice

Entre sorrisos e entre prantos

 

Cada dia uma realidade

A vida é feita de pétalas

Cada noite uma saudade

Um ciclo que se completa

 

O tempo passa e acontece

A memória se atrapalha

O corpo se entorpece

Uma hora tudo falha

 

Todo início tem o seu fim

O corpo modificado

Viver é mesmo assim

Agora, carece de cuidados

 

 Samuel De Leonardo (Tute)

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