Minha casa de palavras é transparente
Qualquer ideia pode soltar as telhas
Um sentimento destravar as portas
Entreabrir janelas, rebuscar as letras
O meu lar é feito de reversas paredes
Decoradas de verbos sempre no infinito
Sobre alicerces que sustentam vocábulos
Despreocupados de quem os vai conceituar
Pelos cômodos espalhados pensamentos
Mesas e cadeiras em forma de estrofes
Das torneiras escoam argumentos
Que enxaguam o desnecessário de cada poema
Meu ofício está na insistente feitura
Daquilo que o ócio e o amor chamam poesia
Deito-me sobre a gramatica prática e crua
Acoberto pelo beneplácito da tua leitura
E quando introspecto posso suar alegrias
E quando alegre remoer intensas tristezas
E apesar das claras e evidentes transparências
Secretas são as paixões habitadas nessa moradia
PSRosseto
Comentários
Parabéns pela ousadia da sua inpiração! Adorei! Minha Casa de palavras!
Espetacular momento de criação, Paulo.
Lindo poema.
Parabéns!
Bom dia!
Quero parabeniza-lo pelos lindos
versos nessa sua obra muito bem inspirada
"Minha casa de palavras".
Aplausos!