Morfologia da solidão

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Quando na madrugada uiva o silêncio
Todos os ecos sussurram baixinho com
Medo de acordar a alma que além acocorada
Sossega monitorada por esta tristeza deteriorada

Quando na madrugada a escuridão se esvai
Até se perder numa hora absurda e desaforada
As sombras travestem a solidão que dormita numa
Brisa escorrendo na memória impaciente e revigorada

O saboroso gosto das saudades é o mosto que
Embebeda toda a nossa existência, deixando hemorrágicos
Silêncios fundamentar tantos lamentos quase autofágicos

Resgatada a manhã aprimora cada gomo de luz
Pintalgando os filamentos desta solidão sempre analógica
Até estancar a felicidade desta narcisa gargalhada tão morfológica

Frederico de Castro

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Frederico de Castro

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Comentários

  • 3582913?profile=RESIZE_710x

  • Poema cheio de elegância e lirismo. Lindíssimo teu poema, Fred.

    Parabéns  emu Destaque.

  • Frederico, seus versos são sempre tão elegantes. Adorei. Parabéns!

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