NEM SEMPRE É POR FRIO

Quando o pelo eriça nem sempre é por frio.

Na maioria das vezes é a preguiça,

O pensamento vadio,

E a própria delicia que se apropriam da gente,

E traz por todo o corpo um suave arrepio.

 

Pode ser a incontrolável vontade de explodir

O vazio que causa a saudade.

Pode ser a maldade dos anjos

Brincando de esconde-esconde com nosso brio.

Talvez a espera do alguém distante em sintonia

Ou o estrago que causa engolir palavras

Que não possam ser ditas quando a gente entedia.

 

Imensa casa em que tudo inquieta em seu lugar.

Meus pés pelo chão gelado, deserto, estéril

Procuram teus rastros, teus saltos, as migalhas do teu andar.

E na moldura da noite no perfume do quarto onde estás

Parece que vejo descansar inocente na fria cama

A fina roupa que adornou teu corpo e aqueceu tua pele

Agora nua, solta, viva, sedenta de amar.

 

PSRosseto

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Paulo Sérgio Rosseto

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Comentários

  • E há, sempre, uma razão, motivo, causa para esta sensação tõ natural do ser humano.

    Belo poema.

    Aplausos!

  • 2064811019?profile=RESIZE_710x

  • POETA PAULO É ISTO MESMO A ROTINA ARREPIA 

    PARABENS

     

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