Verter lágrimas no interlúdio de dois beijos
Para diferenciar os encontros entre os lábios
Pois cada beijo tem sua história ainda que
Aprisionados a um mesmo encontro
Nem você e nem eu sabe explicar o amor
E muito menos o que nós dois sentimos
Apenas nos entregamos à magia que surge
Entre nossos olhares no findar do dia
Conhecer a verdade não vai ajudar o vento
Que sopra sobre a pele acariciada pelas mãos
Fazendo as certezas se perderem num turbilhão
Que se forma na mente em busca de uma razão
Nem a noite e nem a ampulheta quer saber
Do tempo que costura os nossos momentos
Formando uma colcha de retalhos e encantos
Para cobrir nossa timidez e toda intimidade
(CLÁUDIO ANTONIO MENDES)
Comentários
Daqueles poemas que se lê e se fica a pensar...
Sobre o desenho do cenário? Sobre a intensidade da emoção? Sobre a verdade (?) quse revelada?
Nessa colcha de versos, revemos pedaços do que nós próprios já sentimos - e sabemos.
Parabéns pelo seu poema!