NO VISGO DAS CERAS

Nenhuma razão profana

Deveria descrever as dores

Das palavras estranhas

Nos diversos momentos

Em que nascem os poemas

 

São de estanho estes versos

Rusticamente feitos à mão

Frutos do aço que entalha a madeira

Lâmina dentada recortando a pedra

Que se torna lápide inerte

 

Pois as intenções decompõem-se

Com os cegos dias estranhos

Porem os sonhos e apegos

Perpetuam-se sem ser perpétuos

Embalados no visgo das ceras

 

Ainda que esfarelem os amores

Ficam as boas ou más lembranças

Colados pelas esperas

 

PSRosseto

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Paulo Sérgio Rosseto

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