Aqui, a loucura não morreu,
não se mata a ausência de vida,
certa que se infunde à prometida,
certa que é a única saída,
que nunca se perdeu.
Aqui é a fonte das palavras,
mesmo as frases já cansadas,
mesmo as que usam muletas,
soam como cobras pretas
que nos ventos dão botes violentos
sobre a mão da minha caneta.
Aqui, os gritos são surdos,
envoltos em nuvens de medonhos sonhos,
de almas penadas,
possuídas por demônios,
em celas escuras e mal-assombradas.
E é aqui que fico,
sentado, sem poder ver a rua,
com o coração, desacreditado e aflito.
E, apesar do hospício da noite,
minha mente e corpo atenuam.
Olho no relógio de pulso,
é quase cinco...
Mais duas horas, e verei o teu sorriso.
Levanto-me, tomo um copo de chá
e volto a sentar,
no limbo deste recinto.
Alexandre Montalvan
Comentários
Boa noite poeta! E, aqui, agora eu li um belissimo poema ! 1 ab
Quanta inpiração poeta Alexandre! Parabéns! Adorei!
Boa tarde poeta Alexandre, parabéns pelo belo poema! #JoaoCarreiraPoeta.