Nos claustros do tempo

Impassível ficou o silêncio
Quase que propositadamente
Desertou e flagelou a solidão assim eficazmente

Aconchego tua sombra pois que a noite
No seu covil colecta toda a luz trazida
No cargueiro do tempo que chega depois ressarcido

Nas docas da minha solidão aportam navios de
Saudades imensas alimentando os fiordes da memória
Onde aplaco cada lamento inamovível…quase claustral

Súbita chega a noite atapetando o marmóreo silêncio
Onde incólume pousa uma lágrima solitária obturando
Pra sempre aquela hora fulcral uivando autoritária

Frederico de Castro

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Frederico de Castro

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Comentários

  • Belo poema! 

    Grande maestria no lapidar das palavras, ourives da poesia!

    Beijos!

    Nina

  • Frederico, sempre me encanto com seu versar... leio e releio e me fascino... o que posso dizer? Sem palavras! Quando crescer quero ser 1/3 do maestro das palavras que você é!!!! Rsrsrsrsrs... Aplausos mil a ti!! Parabéns!!
    • Obrigado Angélica por tão linda mensagem

      Honra minha sua amizade nesta Casa de Poesia

      Tudo de bom em 2018

      FC

  • Muitas vezes o silêncio nos proporciona aqueles momentos para muito se refletir, para muito sentir os instantes da vida. Poema fantastico. Feliz ano novo

    • Grato amigo JCarlos

      Um grande e feliz ano de 2018 são os meus votos

      FC

  • 3692570?profile=original

    • Obrigado Ciducha pela carinhosa mensagem

      Bem haja

      FC

  • Uma bela linguagem poética!

    Parabéns pelos versos, Frederico! 

    • Obrigado poeta pela visita e singelo comentário

      Votos de dia feliz

      FC

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