Foi num dia de luz... Em que o velhinho
o abandonado canteiro, refez...
Numa janela reabriu-se um linho,
ao horizonte azul em lucidez...
Um desses dias em que alguém sozinho
bendiz do sol: “Que doce limpidez…”
Em que o descrente abandona o vinho,
e olha para os céus mais uma vez...
E reacende-se uma flor de giz
na solidão de uma rua sem saída...
E seca-se uma lágrima infeliz...
Num dia de luz… A porta esquecida
adentraste, num bálsamo de lis…
E deste vida… Vida… À minha vida!
(Paulo Maurício G Silva)
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