Em algum lugar do mundo fecundo uma molécula
Deste silêncio onde gesta uma hora
Pungente, impune, tão indigente
Recrio o genoma da minha solidão para
Que os genes dêem vida a cada palavra
Projectada na mais fiel e anatómica ilusão
Em coesão todos os beijos embebem-se
Do teu DNA num frenético e cromossómico
Lamento alimentando os cloroplastos do amor zigótico
E na réplica dos desejos recai em nós todo
Simbiótico momento de paixão recriando ali
Este osmótico momento de silêncio em explosão
Inútil e ferida a noite povoa todas os organitos do meu
Mundo poético procriando e alimentando aqueles centríolos
De solidão onde apascento cada ribossoma em servidão
Frederico de Castro
Comentários
Encantada,poeta!!
Obrigado Ciducha pela singela mensagem
Votos de dia feliz e em paz
FC
Obrigado Angélica pela carinhosa mensagem
Dia feliz
FC
Parabéns, poeta amigo, pelo maravilhoso poema, sou seu fã incondicional.
Além de exímio poeta, és um profundo conhecedor de genética...
Fecundaste uma molécula e ela cresceu, cresceu e deu lindos frutos(versos)...
Minhas sinceras reverências.
Abraços, paz e Luz!!!
Grato pela visita amigo Ilario e estimada mensagem
Abraçpo fraterno
FC
Esse é um DNA completo da poesia. Lindíssimo, Frederico!
Obrigado amiga pela presença constante e gentileza
Bem haja
FC