Eis um país estranho
gigante de território
um eterno adormecido
que adora um foguetório
Se tem jogo é toda hora
se não tem, guarda o rojão
fica esperando o momento
e aproveita a ocasião
Em janeiro reveillon
Fevereiro carnaval
Em abril tem procissão
como aqui não tem igual
No inverno é calmaria
sai foguete, vem balão
e quando cai de repente
eis que assusta a multidão
Quem chega e vem de fora
da praia ou do asfalto
procura o real motivo
do aviso que vem do alto
Lá do morro quase sempre
vem o som do espocar
mas são os daqui debaixo
que esperam desfrutar
O povo que aqui mora
fala de brincadeira
olha! este é o aviso
para os brancos em fileira
Tudo parece normal
de vez em quando porém,
é preciso dar um basta
e justificar o vintém
Os de farda então sobem
e que triste ilusão
com tiro pra todo lado
é irmão matando irmão
Aqueles, os de gravata
que estavam a esperar
não se sujam, seguem a vida
e tranquilos voltam ao lar
Parece até fantasia
ou filme de ficção
mas este lugar existe
somos filhos deste chão.
Comentários
Muito se tem falado em corrupção, principalmente no Brasil e na melhor das hipóteses como solucionar esse problema que vem a cada dia se alastrando. Como dizia: Imperador Romano Vespasiano: “Pão e circo para o Povo”. Por que no Brasil tudo acaba em pizza?
temos muito que aprender
Olá Tania, muitas verdades em teu poema.
Os de gravata seguem sujos e atolados até o pescoço.
Tânia, pedimos que coloque a imagem no corpo do texto, quando colocada naquele espaço onde estás colocando ela expante pela tela toda.
Pedimos também, que colcoque sua autoria abauxo dos teu poemas (teu nome).
Parabéns pela obra aqui exposta.
ok, agradeço a orientação, ainda estou me adpatando ao site. Postei outra e acho que agora fiz corretaente.
E como existe! É a nossa realidade. Meus aplausos!
obrigada
obrigada