O Último Grito do Amor

Lábio, vem no teu último grito de guerra,
na loucura de devanear.
Sabia do amor ao abrir-se a janela,
a fuga da luz para as sombras da terra,
e a penumbra espreita as raízes, a paixão,
sob a luz do luar.

Do riso agudo ao cume do penhasco,
as pedras que rolam no chão,
as palavras caladas, mãos inquietas,
densas cercas do abandono...
Nunca mais a tomarei em meus braços,
nem ao final deste outono
poderei tocar tuas mãos.

A pele risca — como sabes, é chegada a hora.
Se toda a dor que a gente sente
é a mesma que, de repente, não fica,
mas cuja semente insiste e não vai embora.

E se não sabe por que chora,
um choro convulsivo, febril e doente
balbuciando palavras eloquentes,
pois ainda é viva a paixão de outrora.

Porem a tristeza ecoa neste último grito;
ninguém diga que exorbito.
Na dor da pele arrancada pelo vento,
hão de escutar os lamentos
a romper as barreiras do infinito.

Alexandre Montalvan

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Alexandre

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Comentários

  • Gestores

    Alexandre, você se íntegra a um universo poético incomparável.

    Congratulações.

  • Lindos versos, Alexandre

    Aplausos

    Abraço

  • Que expressiva Poesia de Excelência em lndos versos com um vocabulário maravilhoso em temática poética acerca do Amor .Uma paixão avassaladora.

    Mil parabéns para você Alexandre , um Poeta de destaque aqui no CPP 

    Abraços fraternos e bom domingo junto aos seus 

  • Parabéns pelo destaque poeta Alexandre!

  • Parabéns Alexandre Montalvan!

  • Impecável sua poesia. DESTAQUE garantido, nobre poeta. Abraços

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