O Sol
Solda forte castiga o pobre
Que trabalha quebrando a pedra
O Sol ácido derrete o olhar faminto
E as salamandras da náusea se esparramam no tédio;
O Sol
Corta ferramenta bruta
Mísero salário não mata a fome.
Em casa a familia esquálida disfarça a carência
Nos buracos dos dentes amarelos
Enquanto o tempo escorre úmido na distância periférica!
Comentários
As vozes dos poetas nunca se calarão.Parabéns amigo!
Obrigado amigos. Vocêssão gentis,por demais.
Um poema bem contundente e que expressa a realidade de muitos. Parabéns
Essa é a verdadeira cara do Brasil. Meus repetidos aplausos e reverências!
Acabando de ler teu poema, novamente me veio a pergunta que sempre baila a rua dos meus pensamentos sobre o fato dos salários de deputados, senadores, vereadores, prefeitos, serem tão vergonhosamente distante do salário mínimo.A desigualdade é vergonhosa e ultrajante.
Faltou você assinar seu poema, Benedito.
Aplausos! É bom demais ler você.