Dias de solidão sob os beirais...
De silêncios, de vagos apogeus...
Que na praça de folhas outonais
a igreja branca aponta frios céus…
Que as almas frágeis se irmanam mais...
Horas cinzentas agitam os véus...
Também as borboletas nos quintais
desfolham–se, fechando ciclos seus...
Dias que sopram nas ruas singelas,
com ares de tristeza nas janelas...
Dias que lembram um distante adeus...
Dias de névoa, de vazios ninhos,
ramos nos ares, folhas nos caminhos
sem os teus passos ao lado dos meus...
(Paulo Maurício G Silva)
Comentários
Eita diacho, que lindo!
Triste, mas muito exuberante.
Parabéns!