Os teus olhos
Me veem iluminado
Mas olho aqui dentro
E tudo está escuro
Pardo
Cercado por um muro
Adentro-me
Desencontrado dessa luz
E cego assim
Não me enxergo
Tateio
Embaraçado em virgulas
Tua piedade no entanto
Insiste renovar-me
Resgata meu cansaço
Mostrando insistente
Generosamente
Meu ser em teus braços
Teus silenciosos olhos
Na verdade
São donos de mim
PSRosseto
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Quebelíssima poesia!
Aplausos, Paulo.