OUSADIAS

Meu sol costuma dormir pertinho

Nada dessa historia de ir ao Oriente no final do dia

 

Ele não viaja, apenas desliga a luz e torna amanhã

Alguma parte de ser que seja tarde

Ou faz amanhecer algo que precise

E nunca deixa de brilhar por mim

 

Antes de apagar põe os pássaros em suas árvores

Arrebanha as nuvens aos seleiros

Diz aos ventos que arrefeçam e se refaçam

E aos arcanjos que clareiem minha áurea

Para que eu não sonhe em vão ou perca o sono

Descabido temeroso com minha própria insônia

 

Mantem por fim alertas um punhado de estrelas

Por sentinelas, pois caso ela venha saberá

Onde me achar apesar de qualquer escuridão

Que me tome nos braços por ser ainda noite

 

Ensinou-me que a vida sem ousadias

Por vezes fica ilegítima e sem graça

 

Logo após faz manhã e entendo por fim

Que nada é à toa

 

PSRosseto

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Paulo Sérgio Rosseto

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