Deixem as batalhas para depois do Carnaval.
Contenham os ânimos
Embainhai as espadas
Guardem os rifles e canhões, fuzis
Poupem a língua do sarcasmo hostil.
Deem às crianças liberdade e fantasia
Às deusas fantasias e malemolência.
Desmanchem os pelotões
Criai apenas blocos.
Cessem as marchas para ouvirem os coros
Das simétricas matreiras marchinhas nas ruas e salões.
Hasteiem as bandeiras das escolas
Os estandartes das agremiações
Os santos mantos dos desejos
Estampados nos mastros da alegria dos trios.
Desnudai os sentimentos que invadem as praças
Com sonoros tambores e tamborins.
Arrastões somente de ousadia
Excessos de explosões de felicidade nas avenidas.
E depois, quando tudo isso passar pela cidade
Riremos incomodados da paz que essa guerra de folia
Por alguns inconsequentes e deliciosos dias
Conseguiu nos dar.
PSRosseto
Comentários
Depois do carnaval todas as máscaras voltam ao velho baú, do memso modo que o amor e a solidariedade saem do baú no Natal.
Excelente poema.
Parabéns!
Lindos versos!
Editt
BELÍSSIMA POESIA, O CARNAVAL É TEMPO DE RIR, BRINCAR, DESCONTRAIR...APLAUSOS MIL