Assim ficou acabrunhada a solidão que se
Perdeu no penúltimo silêncio desmentido
Na penúltima esperança a renascer expedita
O penúltimo sonho vibrando acossado iludido
Na penúltima hora comovida que se esgueira naquela
Penúltima felicidade a dois maturando corrompida
Dois dedos de conversa na penúltima
Noite a diluir-se qual abreviado eco surpreendido
Perante a penúltima rima acontecendo descabida
Um verso persuadindo a penúltima
Existência dos meus lamentos comovidos
Jazendo no penúltimo beijo quiçá depois tão aplaudido
Agita-se o mar brandindo a penúltima onda que se
Despenca na penúltima maré destemida…desaguando
No horizonte como um scotch bem bebericado e desinibido
Fica meu penúltimo silêncio acantonado nesta vil solidão
Esculpindo cada obsoleto gesto tão abatido pichando o muro
Adornado com meus últimos lamentos grunhindo resignados
Frederico de Castro
Comentários
"Esculpindo cada obsoleto gesto tão abatido pichando o muro
Adornado com meus últimos lamentos grunhindo resignados"
Aplausos de pé,poeta Frederico
Bjssssssssss
Grato sempre fico com suas palavras gentis
Votos de dia feliz
FC
Obrigado caro poeta pelas palavras de carinho
Bem hajas
FC
O eu lírico do poema deixa transparecer muita melancolia à medida que o personagem vai descobrindo a escala do tempo, exatamente como a pessoa que precisa caminhar de acordo com suas limitações. Lindíssimos tercetos, Frederico.
Reverencias!
Destacado!
Grato fico com suas carinhosas e amáveis palavras
Votos de dia feliz e em paz
FC
Ninguém consegue ficar em silêncio perante tais soberbos versos, só me resta aplaudir, abraços da margem sul (Seixal) amigo FC.