Veja,
O poeta do luar,
Alphonsus de Guimarães
De alma nua,
De mãos dadas com sua amada,
Diante do Dante negro,
Cruz e Souza,
Com suas penas cintilantes,
A estimar o trovador da liberdade,
Castro Alves,
Enquanto Dante,
Divinamente inspirado,
Admira seu inferno paraíso,
Perdido em seu exílio,
Aos olhos de Boccaccio;
A morte embevecida,
Sentada na lua,
Em seu beijo sepulcral,
Acena aos poetas,
Eternizando-os na despedida,
Deixando a flor enaltecida,
Abraçando o amor em seu perfume,
Lume da vida afogueada,
Conduzindo seus anjos escravos,
Querubins cheios de formosura,
Enamorados de versos adônicos,
Vozes de criaturas invisíveis,
Folhas do tempo ao tempo,
Enraizando sentimentos;
E eu aqui um tanto atrevido,
Além das regras,
Ousando tentar poetizar,
No rastro dos heróis literatos
Sob o sussurro das letras,
Timidamente envolvido.
Sirlânio Jorge Dias Gomes
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Comentários
Lindo momento de estesia!
Aplausos a ti.
Caro amigo Sirlânio, meus aplausos à tão bela inspiração. Abraço, Marcos.