Caem pingos suaves, tão pequenos,
Nas pétalas que a flor exibe ao céu,
Beijam-na como amantes serenos,
Dançando ao leve toque que é só seu.
O orvalho se dissolve em branda fonte,
Por entre as cores vivas se desliza,
Um brilho espelha o sol no horizonte,
Em cada gota a luz clara se avisa.
Assim a chuva e a flor se encontram, calmas,
Num abraço de frescor e alegria,
Que faz renascer as folhas e as almas.
E ao fim da dança, um rastro permanece,
De uma união tão doce e fugidia,
Que só a natureza em paz conhece.
Helena Bernardes
03 nov 2024
Comentários
Maravilha de flor azul e poética. Parabens
Puxa vida! Mas, que lindissimo soneto! Vou destacalo para a minha ccoleção de sonetos que mexem na alma! 1 ab.
Oi Helena Bernardes
Creio ser a primeira vez que aqui pouso meus olhos e sentimentos para me deliciar com esta maravilha de poesia.
Uma beleza, Helena
Abraços
JC Bridon
Vovó Helena!
Que de onça não tem nada!
Quando quer é sutil como uma gota tenra de orvalho!
Uma flor molhada pelo sereno da madrugada.
Entretanto,
quando é preciso, é brava como uma onça.
Seu estigma está, simplesmente, impregnado nesse belo poema.
👏👏👏👏👏.
Saudações. #JoaoCarreiraPoeta.
Poeta João, a inspiração vem da Natureza, só observo com olhos atentos. Obrigada pelo carinho de sempre comentar em minhas postagens!
Abraço!