Seguia o bardo, quando atenta num pedinte
à beira da calçada... Magro e maltrapilho!
Sua figura parecia um estribilho
de canção, onde a dor ressoa com requinte!
Mas, a miséria alheia não foi empecilho
para que o orgulhoso, no momento seguinte,
desviando o olhar com soberba e com acinte,
seguisse altivo, carregando o falso brilho!
Só que o pedinte não viu a arrogância fria
no mais pobre do que ele, de mau porte,
levando uma! Alma de sentimentos vazia!
E, vendo a cena triste, o bardo refletiu
sobre a soberba, sobre o orgulho, sobre a morte,
e, como o ser humano é podre, fraco e vil!
Comentários
Excelente sua percepção e inferência de um tema muito sensivel e que sempre traz reflexões, o comportamento humano, com falhas e imperfeições. Bravissimo!!! Gostei da imagem. Abraços
O Trovador Nelson escreveu a mais pura verdade. Ave! Sensacional. Um forte abraço. #JoaoCarreiraPoeta.
Caro amigo Nelson de Medeiros
Uma bela poesia, muito verdadeira.
Infelizmente estamos vivendo num mundo, ou num Pais que parece desejar voltar de onde jamais deveria ter saído.
Para a mim a pobreza, a fome, os enviados às drogas, enfim, a tudo que não parece real, irá tornar nosso Brasil num verdadeiro celeiro de coisas muito ruins.
Torço para que nada disso aqui aconteça.
Soemte com Deus nosso destino será outro, melhor e menos sofrido.
Parabéns
Abraços
JC Bridon
Muito boa a sua poesia! Reflexiva. Parabéns!