POEMA DE AMOR

 

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POEMA DE AMOR

 

Eu te amo como amo o silencio profundo,
meu berço natal e seu solo fecundo...
Eu te amo como amo a tarde ensolarada,
a noite prenhe de estrelas, a branca lua
e seu rastro que brilhante flutua
na imensidão onde as Musas têm morada...

Eu te amo como amo o refrescante aroma
do imenso mar que no horizonte se assoma...
Eu te amo como amo da noite a luz,
como amo do dia as cores,
o cantar da passarada ,as flores
da campina verdejante que seduz!

Eu te amo como amo o despertar da aurora,
a tarde no poente que estertora...
Eu te amo como amo a doce viração
que toda a folhagem do bosque ondeia
e onde a nostalgia vagueia
passeando em solidão...

É verdade... é bem verdade que eu te amo...
Mas tu nunca saberás de tanto amor
nem ouvirás do meu peito este cantar!
Este cantar que traiçoeiro bem revela,
todo o sofrer que amargurado anela
o coração deste insensato trovador!

Mas, que importa que Minh! Alma despedace...
Os meus lábios hão de selar-se
no silêncio que impõe a lei...
E lá, nas estrelas, onde a dor fenece,
onde a luz que brilha não falece,
lá sim... Saberás o quanto eu te amei!

Nelson de Medeiros

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