Caso esse vento arteiro soprando lá fora
Colocar agora a língua suave e assoprar
Pela mínima fresta por debaixo da porta
E levemente ventar por entre tuas pernas
Entrega-se lânguida ao frescor do arrepio
Que essa benfazeja brisa te acaricia
E caso resfria puxe a coberta
Aconchegue-se ao florido jardim
Do seu travesseiro
Mas se o sono faltar
Dê-se ao direito
Do devaneio
E se porventura incendiar
E tornar-se intensamente desperta
Jogue o lençol
Deixa-se nua
Aos doces apelos
Desse vento poeta
PSRosseto
Comentários
Fascinante, poeta.
Aplausos!