QUEM ÉS
Ah! Que tristes e impenetráveis são teus cantos.
Ah! Quantas dores, quantos ais... Quanta saudade...
Quantas liras de amor que em todos os recantos
ecoam sofridas nas dobras da eternidade!
Mas ó doce Euterpe: -Por que tantos encantos
se escondem em segredos e nebulosidade?
Ah! desvenda-me o arcano desses mundos santos,
vem a mim, filha de Zeus, vem doce deidade,
Pois que eu morro ao ver-te assim, versejando em prantos...
Quem és, afinal, impávida claridade?
De que orbe vieste sussurrando-me acalantos
em louvores d!um amor, no mundo, raridade!
Ah! que tristes e impenetráveis são teus cantos.
Nelson de Medeiros
Comentários
Belíssimo poema!
Parabéns, Nelson.
Abraço
Primoroso poema.
Aplauaos para teu momento de criação.
Obrigado de coração pelas palvras gentis e pela arte no texto que restou excelente.
1 ab
Impecável! O escritor Pedro já assinalou muito bem a sua verve singular e lírica. Parabéns.
Que versos lindos e de um lirismo ímpar, Nelson. Gostei tanto que pesquisei outros de tua autoria e essa qualidade poética é constante.
Cito, como mero exemplo, " O telefone " e " Retrato de uma foto ". E " Réu confesso ", que vi noutro site e me encantou, pois me fez recordar
alguns júris de causas impossíveis (ou quase) onde atuei como Defensor Público. Parabéns!