REFLEXÃO DIANTE DA FOTOGRAFIA DE UM MORTO

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Era um traço sinistro… Ele o trazia
em um tempo em que nada se notava...
Nada tinha… Só as vestes que trajava...
Nada mais do que o livro que ele lia.

Uma vida sem rastro ele seguia...
Nem chave de uma porta ele guardava.
E quando a luz de um sonho lhe tocava,
gracejava de si mesmo e sorria.

E um frasco de fatídicos esboços,
– uma caveira e dois cruzados ossos, –
foi–lhe o cálice, um dia, após a prece…

Hoje, vendo–lhe a foto na moldura,
relembro, frente à vida, a sua postura...
Como se todo tempo já soubesse.

(Paulo Maurício G Silva)

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