Relógio (José Carlos de Bom Sucesso - ALL)
Tic-tac, tic-tac,
Na parede, o relógio,
Desperta, na jovem, o ódio
De levantar cedo.
De cara feia ela o olha
Onde lhe dá vontade de quebrá-lo.
Pensa que ele não tem alma,
Mas o tic-tac à jovem acalma.
O tic-tac vai o dia todo
Contaminando à sala.
Até mesmo o gatinho coça a orelha
E vai embora.
A noite chega rápida
Onde a jovem chega desanimada
Em ouvir mais tic-tac
Do incansável relógio.
Em algum dia ele vai parar
De fazer mais tic-tac.
Será o fim o relógio de parede
Que muito fez o tic-tac.
Comentários
Meu Pai tinha um Carrilhão e meu avô materno, um Cuco.
O barulho incomoda a quem não está acostumado.
Bonita dissertação.
O relógio nos lembra que o tempo passa e passamos com ele, no embalo das horas. saudações poeticas
O relógio de parede ainda persiste.
Tenho um
"cuco"
que não dou nem vendo.
Além, de me dar as horas de vez em quando,
decora minha parede e
tem um valor estimativo avassalador.
Parabéns.
Um forte abraço.
#JoãoCarreiraPoeta.