REMENDOS

Mudo de roupa todos os dias
Troco a capa e o aspecto
No entanto pouco me esforço
Em agir diferente.
Ainda que limpo e cheiroso
De vestes mundanas
Fico me repetindo a cada segundo
Como se a novidade pouco viesse
Ao meu mundo além dos panos
E não reciclasse o que penso
Porque nunca apreendo.
Nenhum plano me repreende
Somente a nudez me põe ousado.
Não compreendo afinal
Porque desaprendo
Como o tecido que se desgasta.
Talvez não calcule o que estudo
Não absorva o que leio
Não leia o que estimule
A passar ileso
Por esse circo de comédia.

Porem acredito ser possível
Consumir entre remendos
A rotina que me entedia.

 

PSRosseto

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Paulo Sérgio Rosseto

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Comentários

  • Excelente poema.

    Nesta vida quem sai ileso ou morre sem algum remendo? Dificil encontrar..

  • 1651987988?profile=RESIZE_710x

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CPP