Rojão, o cão de estimação
O fiel cão:
Rojão não
tinha medo
do trovejar.
Ao passares por aquela encruzilhada poirenta,
ou lamacenta, notarás uma caprichada cruz benta,
que o tempo já a entortou, pela natural tormenta
a qual tanto a
atormentou.
Feita em
madeira
de lei.
Igual
ao
coração
de quem
a fez com
delicadeza
de tamanha
e indescritível
tristeza, e à lei
se autocondenou.
Foi de morte sangrenta, que o cão de Juarez, teve
por sorte cinzenta a sua própria estupidez. Ao atirar
numa caça; no Rojão acertou. Foi acidentalmente,
desculpa da morte
daquele que sente,
do amigo inocente
do qual a vida tirou.
Quanta dor que existe
num coração triste, que
ama ardentemente
um grande amigo.
Há quem chame
um homem mau
de cão, e isso é um
insulto, uma enorme
ingratidão. Ainda bem
que o bicho não entende
a nossa língua, e com
sua santa língua vem
lamber essa pútrida íngua,
que muitas vezes um osso a ele negou.
Descanse em paz, amigo Rojão.
Comentários
Margarida, Rojão é apenas
o divagar devagar da
demente mente
de um ancião.
Beijos na querida Pichula.
Marsoalex - obrigado, obrigado, obrigado...
Os cães são destemidos e muito fiéis.
Aplausos ao teu momento inspirador.
Parabéns e bom domingo.
Obrigado pelo prestígio querida Edith e boa semana. Amplexos do campos.