Saudade Danada
Ai que saudade danada
Do tempo que eu escrevia
Hoje não escrevo mais nada
Minha vida está vazia.
Ai que saudade danada
Do tempo que eu escrevia
Até quando lavava louça
Os versos caiam na pia.
Tenho saudade de tudo
Que um dia eu já fiz
Tenho saudade do tempo
Que eu era tão feliz.
Não é que eu seja triste
Momento alegre até existe
Mas a melancolia
Me acorda todo dia.
Preciso escrever
Acabar com essa agonia!
Dolores Fender
05/06/2019
Comentários
Parabéns Dolores um luxo de inspiração poética
adorei abraço...
Obrigada, Eudalia! Grande abraço!
Escreveu e aqui o leitor se encantou. Parabéns
Obrigada Lilian! Abraços!
Obrigada Edith! Abraços!
Obrigada Luly!
Obrigada Marcia Aparecida Mancebo!
Achei lindíssimo teu poema, Dolores. Destacadíssimo! Aqui está minha interação.
Ai que saudade...
Ai que saudade que eu tenho
Do tempo que eu era poeta
Que os versos deslizavam
Passavam entre meus dedos
Como se fossem atletas.
Aí que saudade que eu tenho
Do meu alegre versar
Quando as rimas passavam
Por entre os meus pensamentos
Como se estivessem a dançar.
Ai que saudade que eu tenho
De viver da alquimia
Flutuando entre verbetes
Fantasiando o meu mundo
Na abstração da poesia.
Ai que saudade que eu tenho
Das minhas mãos inquietas
Rastreando a emoção
Arquitetando palavras
Que a poesia manifesta.
Ai que saudade que tenho
De quando eu era poeta.
Marsoalex – 06/06/2019