SEM ANISTIA
Hoje eu queria falar de amor
Mas não é dia
Porque amanhã teremos luta
E o povo favelado, o ribeirinho, o quilombola
As mães sem os filhos e os filhos da puta
Irão pelas ruas
Clamar pelo "NÃO À ANISTIA!"
Hoje eu queria sorrir e cantar e namorar o meu amor
Mas não é dia
Porque amanhã teremos que ir às ruas
E o povo indígena, o nordestino, o celetista, o autônomo
As pessoas em situação de rua e "as moças do sinal"
Estarão lá
Para gritar pelo "NÃO À ANISTIA!"
Hoje eu queria me aconchegar e dormir no peito do meu amor
Mas não é o dia
Porque amanhã teremos que empunhar nossas bandeiras
Pintar nossas caras, levar em mãos a rosa sangrada
Da nossa democracia.
As "mulheres de próstata", os "boycetas", as "sapatinhas"
E todos os "caretas"
Estaremos lá
Acumulados de amor pelo país
Para transbordar em manifestação
Em uma só voz:
"ANISTIA, NÃO!!"
Nina Costa, in Mimoso do Sul, Espírito Santo, Brasil, 08/12/2024.
Comentários
Concordo com Lilian,por isso te aplaudo. Você é uma grande poetisa.
Bjs
Obrigada, Márcia!
Vocês é que são ótimas! E eu tenho orgulho de fazer parte desse espaço de grandes poetas e poetisas!
Beijo!
Nina
Bom demais te ler, Nina. Sempre muito atenta as demandas sociais e emotivas. FELIZ NATAL. Abraços
Um Feliz Natal para você também, minha querida amiga!
A gente acaba se envolvendo e usando as palavras e a poesia para expressar nossos posições.
Obrigada pelo carinho de sempre!
Beijos!
Nina
Parabéns Nina!
É um poema que pulsa indignação e amor pelo país, mostrando que a luta por justiça é, acima de tudo, um ato de amor coletivo. Bravo!
Exatamente!
Um grande ATO DE AMOR COLETIVO!
Obrigada, amiga!
Beijos!
Nina
Um belíssimo poema ativista!
Muito bem elaborado,
e carrega consigo o estigma da artista.
"Quando leio o que escreve,
é como se o mundo ficasse mais leve...
gratidão!"
Parabéns! Um carinhoso abraço.
#JoaoCarreiraPoeta.
Nossa! Assim eu fico sem palavras!
Obrigada!
Beijos!
Nina