Não há cor nas verdades do mundo,
nem no transcender, filosofal.
O imaginário que se encontra no fundo
no canto ancestral do ser animal.
Mas não existe razão para as origens,
muito menor ainda a razão para o final.
Dizer que sim é dizer que finge, pois
são olhos que olham pela fechadura de um portal.
Se no mar profundo surgiu o instante,
e toda a força que este instante contém,
a história conta outra história adiante,
que o instante é a estrela de Belém.
No princípio eu tinha tanta fome,
tanto na noite, quanto no dia,
fome a ponto de sonhar devorando o universo.
Hoje faço versos no anverso antes que tomem
da minha boca totalmente vazia,
pois a língua está esquecida dentro de um graal.
Alexandre Montalvan
Comentários
Alexandre
As coisas andar meia transformeada ou travestida de bondade tendo maldade
Ou ou travestida de maldade tendo bondade
Como poderemos saber se tudo em nossa volta é incerto
Parabéns
Boa noite, poeta Alexandre! Com fundo, ou sem fundo, achei lindo seu poema. Parabéns.