Débil é a névoa na noite de outono,
a brisa suave esvoaça os cabelos,
um olhar distante para o abandono,
lúdico momento, mar de pesadelos.
Fecham-se as portas deste teu castelo,
cerram as cortinas deste palco triste.
Só então se entende que já não existe
nas dores eternas deste teu flagelo.
Morreu de amor, nada pôde ser feito,
agonizou no leito e sobre o teu peito,
aquela foto suja, desbotada e feia,
comida pelo tempo, pelo suor das mãos,
e um pobre coração que jaz sem jeito.
Morreu de amor, uma morte abismada,
como estrela que com o tempo perecia.
Morreu de dor, em constante agonia —
um amor, uma dor, uma morte anunciada.
E nas vezes que voava sobre as águas,
e sobre estas mesmas águas, criatura!
perturbas este céu cheio de fogo.
E eu terei de viver sem você,
mas parece que é como morrer
no silêncio das sombras escuras.
Alexandre Nontalvan
Comentários
Que lindeza!
Parabéns ,Alexandre!
Abraço
Gostei imensamente. Parabéns!
Um abraço
Boa tarde, poeta!! Excelente a combinação de rimas que deu ao teu poema um topque especial. Accheio ótima a leitura; 1 ab
Parabéns, Alexandre pelo belo poema! #JoaoCarreiraPoeta.