Enquanto a vida reparte as cartas
Eu sigo te amando
Enquanto o confisco vai para mesas fartas
Sigo contigo sonhado
Enquanto as folhas comem as lagartas
Sigo aqui poetizando
Mesmo que para distante tu partas
Seguir amando num mundo tão cinza
Não é nada fácil
É como ser uma espécie extinta
Ou objeto frágil
Papel sendo rejeitado pela tinta
Para o poema ágil
Pingando das mãos do poeta ranzinza
Tristeza instalada dentro do meu peito
Que me inspira
A tentar na vida encontrar um jeito
Que não seja mentira
De te oferecer o amor mais perfeito
Ao som da lira
Alargando esse meu sorriso estreito
(Cláudio Antonio Mendes)
Comentários
Precioso momento de composição, Claudio.
Aplausos pela beleza do teu poema.
Parabéns!
Bela composição. Aplausos!