(Pesquisei pelo lugar onde nasci; a conhecida e gentil voz do Google Maps
pausadamente assim descreveu):
“ - Subir devagarinho a Nossa Senhora da Aparecida
Vai-se a casa sete nove cinco.
Existe muita história ali!
Lá ainda está o pequeno alpendre de pilastras azuis
Aonde nosso pai no final do dia
Escondia bombocados de depois do jantar.
Nos degraus dos jardins
Ainda deve haver cheiro de gerânios rosas e espirradeiras
Porém já não há mais o abacateiro do quintal vizinho.
- A caixa d’agua azul e branca ao fundo da matriz
A torre esguia do relógio da Getulio Vargas
O clube de bocha da Nagib Asseis
A tinda tinda da arborizada pracinha
O colégio Valeriano Fonseca
A escolinha ao lado da velha estação ferroviária
O eterno laticínio Tânia da esquina da João Machado
- Tudo se encontra magistralmente no mesmo lugar.
Não mais achei o Bar do Julio
A Farmácia do Maroca
O Bar da Esquina
O Bazar de Oshiro
Nem o Salão São Paulo...
Mas isso é tão relativo que a essa altura da vida
Muito pouco importa.
- Inclusive as portas são as mesmas e se
encontram abertas no mesmo lugar há seis décadas.
- Sinto cheiro de café na Albino de Geovane junto ao começo da Raul Furquim.
Joãozinho ajuda Maria a embrulhar balas de coco e Vera corrige as provas da escola.
- Certamente Guaraçai não cabe em apenas um poema. ”
PSRosseto
Comentários
Lindo panorama de lembranças! Aplausos!
Reviver é bom sim, olha só quantas boas lembranças tua trouxeste neste poema para partilhar uma pitada das particularidades de tua cidade.
Aplausos!