Taça da saudade
Quando “navegar é preciso” qual “saudade duma infância querida,
debaixo dos laranjais”, é bom firmar um pedido fagueiro. Ser poeta
vivido é estar sempre ávido, havido e; por que não vívido sem estar opri-
mido sob o cultivo da paz? Pensar ligeiro mesmo sendo o derradeiro, abrir
bem os ouvidos, tirar dos olhos o argueiro e sonhar sobre travesseiro de
amor alvissareiro de verdadeiro amor fagueiro. Antes de ser abduzido, de-
ixar a má petulância da infância querida que os anos não trazem mais.
Escravizar estrangeiros, ver imundos navios negreiros é jactancioso
demais. Bom mesmo é “tirar a pedra do meio do caminho”
antes que ela fure o fundo do velho escaninho. Porém,
com carinho-amor “seja eterno, enquanto, dure”,
e pela verve que ferve ele apure, e pela
vida inteira será sua vitoriosa liteira,
portanto, não irá “coche pe-
la vida sem eira nem
beira", amar-
gando
seus
ais.
Na
lida
de rara
beleza, amor-
preciso por realeza
vindo da grandeza de
Deus-Pai. Quiçá, será amigo
do portentoso Rei, irá sempre adiante
à terra prometida donde emana leite e mel.
Seguirá radiante e saberá livrar-se do “Inferno de
Dante”, e com a fé que lhe é peculiar estará livre do mal e
de seu fedorento fel, será bom viandante e fiel amante ao pal-
milhar pelo caminho da paz. Então erga essa taça de triunfo do
amor e deguste seu mais delicioso licor. Fazendo inveja a Baco,
se fazendo forte com os fortes e fraco com os fracos, muito
embora, licor não seja realmente o fraco de Baco. Po-
rém, indo além, perceberá que o buraco é mais
embaixo, e jamais enganará ninguém.
Coisas de quem ainda crê em coisas.
Comentários
Bravos que lindo poeta parabéns...
Grato, querida Eudalia pela força. Bjs.
Maravilhoso, como sempre, João! Minhas reverências!
Obrigado, Marsoalex pela deferência. Bjs.
Obrigado, pela postagem, querida Angel. Bjs.
Siceros aplausos ao teu trabalho de composição e de arte geométrica.
Parabéns, JB.
Grato, querida Edith. Bjs.