Em noite de desventuras
Eu peço às nuvens escuras,
De carrancas noturnas
E plúmbeos véus -
Suplico às mais sombrias,
As que escurecem os céus
Nas noites tristes e frias,
E se aglutinam, soturnas,
Aprisionando a incauta lua,
Tímida, como se estivera nua:
Peço encarecidamente a elas
Que se desarmem, se desanuviem,
A que brilhem as estrelas tão belas -
A que o luar encante o firmamento...
Ah, debalde, elas de mim se riem,
Em rito de escárnio, sem lamento...
Ainda assim, contenho a melancolia:
As nuvens se vão. Logo há de raiar o dia!
Comentários
Uma melancolia descrita com esmero na observação detalhada. Felicitações.
Desde o acordar, foi bem cedo hoje, o tempo está "emburrado".
De fato, Margarida, a melancolia se viu acompanhada do tempo "emburrado" e frio no despertar de hoje.
Obrigado!
Boa noite Pedro Avellar
Como num conto de fadas teus versos adentram em nosso coração a vivência de nunca abandonar o amor para deixá-lo fluir
e se envolver como num passe de mágica.
Retiro versos de tua sentida poesia mostra, caro amigo, tudo o que o apaixonado poeta nos mostra quão profundas são suas verdades escondidas dentro do coração enamorado.
"Peço encarecidamente a elas
Que se desarmem, se desanuviem"
Lindo demais, caro amigo
Parabéns
Abraços
Bridon
Muito obrigado, meu caro Julio Cesar.
Teu elogio me motiva.
Bom dia Pedrão poeta.
O Bardo que poetiza até o ar que respiramos.
Mesmo em um tema
"Tempos Sombrios"
simplesmente, tua arte prevalece.
Parabéns.
Um forte abraço.
#JoãoCarreiraPoeta.
Muito grato por teu elogio, caríssimo Poeta João Carreira.