Andando na rua tropecei,
Senti uma tremenda dor no pé,
Não doeu tanto quando ousei amar,
Mas a dor foi tanta que chorei,
Do pé perdi o sapato,
Do amor perdi a mulher,
Triste sina deste que vos fala,
Neste momento quase filosófico.
Tropeçando aprendi a andar melhor,
Passei a prestar atenção no caminho,
Também no desalinho na vida,
Que é amar a quem não lhe devota amor,
Ambas as coisas causam dor,
Senão forem feitas com cuidado,
Muitos tropeços pode fazer perder o pé,
Tal qual muito amores abstraídos.
Podem matar um coração sofrido,
Quando não mata disciplina,
Ensina andar direito o distraído,
Absorto em pensamentos,
Sem perceber o perigo,
Que pode levá-lo a ruína,
Não importa em qual esquina,
O perigo da jornada é iminente.
Sirlânio Jorge Dias Gomes
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Comentários
Realmente, os tropeços servem para promover maturação.
Aplausos pelo lindo poema.
De um tropeço pode-se extrair infinitas correções e ensinamentos.
De um mal pode-se converter num bem maior.
Bela reflexão, caro amigo.
Aplausos!