Uma côdea de silêncios

Entre quatro paredes caio teu retrato
A giz e carvão emoldurando o sorriso
Que trazes grávido de emoção

Endoidecidos andam os ventos com os perfumes
Estendidos no naperon da paixão tão propícia engalanando
Uma vitalícia hora tinindo nesta paixão quase homicida

Incendiei o silêncio sempre mais enriquecido com
As sombras do teu ser musicado e enobrecido
Até que a noite adormeça feliz imprescindível e enlouquecida

Depois de algum tempo deixo obcecado um lamento agora
Mais reabastecido que nasceu vagabundo entre as alquimias
Do amor que namorisco na comunhão de sonhos tão fecundos

Grão a grão amassei o pão de todos os sacrifícios levedados
Mastiguei a côdea dos mesmos silêncios carpindo uma hora serva
Esquecida que afunda nesta solidão, mais consolidada e rejuvenescida

Frederico de Castro

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Frederico de Castro

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Comentários

  • Deixo aqui meus aplausos ao seu ambiente e a sua arte de escrever.

    • Grato poeta e amigo pela mensagem

      Bem hajas e votos de dia feliz

      FC

  • O silêncio, ele traduz um tudo, um todo, calando as palavras

    • Obrigado JCarlos pela mensagem calorosa

      Bem hajas

      FC

  • Delicia ler seus versos.

    Sao tão intensos!

    Bjs

    • Obrigado Ciducha pela gentileza

      Abraço poético

      FC

  • Maravilhoso de se ler amigo FC, meus efusivos aplausos, abraços.

    • Grato Cristina pela gentil e calorosa mensagem

      Abraço poético

      FC

  • Lindo, lindo, lindo! Pura poesia.

    Minhas reverências Frederico à tua poética.

    Destacado!

    • Grato fico pela calorosa mensagem Edith

      Bem hajas

      Fc

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