Não me preocupo com a morte das flores
O tempo não me permite
As lágrimas estão em via de fabricação
E o céu cinza de agosto é premonição
Não me ocupo com as poeiras sobre a mesa
As palavras agora não se colam em papéis
O poema frequenta as redes sociais
Formando gangs na imensa virtualidade
Não vou me atirar de nenhum andar
Já tenho uma pedra alojada na garganta
E uma prisão de ventre pesando nas tripas
A úlcera poética sangra versos espinhosos
Não me assusto com os fantasmas sisudos
Arranhando meus sonhos em noites breves
Apenas me irrito com a vaga possibilidade
De perder teu carinho no próximo vendaval
(Cláudio Antonio Mendes)
Comentários
São possibilidades que carecemos considerar porque nada é eterno.
Maravilha de poesia.
Parabéns.
OBRIGADO PELO COMENTÁRIO. Abraços.
Meus aplausos para um espetacular poema!
Abraços pelo comentário e agradecendo a formatação.
UAU!!! Li e reli várias vezes Cláudio, tentando encontrar palavras para descrever
quão belo e profundo são seus versos! Não encontro!!! Só me resta aplaudir!!!
Obrigado pelo comentário, querida poeta. Abraços;